Nióbio e o futuro do Brasil
Matéria Escrita por William Silva
22/01/2018 - 18:31
Em 9 de Agosto de 2016, O Presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo falando sobre o Metal Nióbio, um metal que cria uma certa resistência e durabilidade quando em contato com aço, este metal, é dominado pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, também conhecida pela sigla CBMM, do qual a família Moreira Salles é responsável. No vídeo gravado pelo atual Presidente, ele relatava que o Brasil ainda tinha bastante capacidade para utilizar o Metal e que este poderia ser o avanço que o país necessitava para levantar sua economia se tivesse mais estudo e interesse no assunto, até mesmo um ‘Vale do Nióbio’’ foi cogitado como uma ideia, semelhante ao ‘’Vale do Silício’.
A questão em jogo é que, embora o Nióbio possa render bastante dinheiro se bem investido e negociado, o valor para investir nele, tecnologicamente falando, seria muito alto, algo em torno US$ 150 Milhões por ano que a CBMM teria que investir, mesmo que o Nióbio pudesse lucrar cerca de US$ 2 Bilhões por ano em exportações, o valor seria um pouco alto pela questão do mesmo ser substituível, o que provavelmente acarretaria no preço final do metal.
De acordo com Eduardo Ribeiro, CEO da CBMM, a produção do Nióbio é mais alta do que a demanda pelo mesmo, fazendo muito pouco sentido aumentar a produção, tendo em vista que, o Nióbio representa menos de 1% na exportação anual do Brasil, isso já previsto em 2019.
Em relação ao Nióbio existe sempre um contraponto, embora seja muito útil e necessário para fins atuais e futuros, existem fontes e locais ainda inexplorados e que podem conter este mesmo metal, o que automaticamente causaria a queda do preço em um produto que pode ser encontrando em mais de um local e com um preço mais atrativo, neste assunto, cautela e analise são essenciais para o futuro, principalmente em relação ao Brasil.
Fonte: Istoé